segunda-feira, 21 de abril de 2014

Por Telga Lima
Deus precisa me ouvir, talvez porque sem os seus ouvidos eu já teria despencado dos meus desesperados desejos de fazer algo que eu não consigo descobrir o que é. O ritmo, inexplicavelmente, acelerado das batidas do meu peito, não conseguem acompanhar a minha ansiedade por encontrar algo que eu nem sei onde encontrar, nem ao menos sei por onde devo começar essa busca.
Deus sabe dessa resposta, tenho absoluta certeza disso, mas não me deixou pistas, nenhum sinal à vista. Deus nem ao menos me diz se está quente ou frio, da brincadeira que nos revela se estamos próximos ou distantes daquilo que estamos procurando. 
A pergunta é, na verdade, o que eu estou procurando efetivamente? Quero que me ajude, Deus. Deixa que vou atrás do resto, que darei os meus pulos, o meu jeito. Preciso do novelo e deixe que a linha eu puxo.
O que preciso fazer para poder constatar: Estou aonde sempre quis e fazendo o que sempre desejei fazer com tal prazer e certeza de que nada, nem ninguém me tirará desse prumo. 
Mendigar por algum tipo de encaixe que não lhe cabe é deplorável. É um para um corpo que sua para nada obter. É desgastaste para uma alma que precisa ser poeta. 
Deus, você precisa se sintonizar com os ruídos desastrosos que fazem os meus pensamentos quando está, incessantemente, à procura de, à procurar por, à medida que vou escorregando até me ajoelhar e lhe implorar para que os seus sentidos fiquem aguçados e possam perceber os meus sentidos já tão sem sentidos. 
Talvez eu tenha que continuar à mercê de que o tempo desenhe as trilhas do caminho por onde devo passar, mas ainda prefiro acreditar que você, Deus, sabe a respostas para essa imensidão de perguntas desgarradas que são responsáveis pelo meu desassossego e pelos meus tristes olhos que lacrimejam todos os dias, ao cair da tarde, em busca dos seus sinais.

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