sábado, 20 de junho de 2009


Por Telga Lima
Começo, meio e fim.

São 13hs51 de um domingo ensolarado de doer.
Um dia normal, um domingo como o domingo passado, como a maioria dos domingos. A TV está ligada sem áudio e o MSN está programado no status "ausente", o que me possibilita deixá-lo em stand by a fim de que eu possa ir para a cama, arrumar os travesseiros e tentar me lançar em uma leitura que me faça pegar no sono e sentir que o dia está mais tranquilo. Daqui a algumas horas será segunda-feira.
Antes que os minutos deste dia, 14 de junho, acabem; antes que esse começo culmine em um fim inevitável e a segunda-feira bata à minha porta, refleti sobre algumas coisas da vida.
Não existe desamor, penas um começo, um meio e um fim.
Deste então, é verdade, não parei de analisar os começos, os meios e os fins.
Os fins, para mim, sempre terminam quando ainda existem um sabor de começo e acredito sim, acredito, sinceramente, que este sabor de começo me faz pensar que o fins estarão sempre distantes.
Acabei voltando para o computador ávida por encontrar Virgínia, minha amiga de todas as horas, para dizer-lhe que estava lendo novamente o livro "Para Francisco", de Cris Guerra, e que mais uma vez me engasguei e chorei compulsivamente, enquanto o lia. Estava angustiada e precisava falar com alguém, com ela em especial, que é tão sensível e inteligente.
Ela estava lá, pesquisando outras culturas e se estarrecendo com suas diferenças. Por sorte, naquele instante, eu a encontrei e foi como se tivesse pego um bote salva vidas; isso me fez cessar os soluços. Lentamente tudo foi voltando ao normal; minha percepção do real e o meu rosto que estava ainda rubro e levemente inchado.

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