sexta-feira, 27 de julho de 2007


NOSSA LÍNGUA, NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA, NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA
NOSSA LÍNGUA, AMADA LÍNGUA, MINHA LÍNGUA PORTUGUESA.
CÔMICO E TRÁGICO

quinta-feira, 26 de julho de 2007

CORDAID











MODA E REFLEXÃO

Essas fotos aí em cima são da ONG alemã Cordaid e representam um de seus projetos "People in Need". As fotos mostram africanos que vivem abaixo da linha da pobreza posando com ítens que julgamos necessários. O óculos de sol custa 24 euros, o acesso ao saneamento básico custa 8. Fica a reflexão.

Laura Artigas

PRECIOSISMO


Ai, gente! Todas as revistas de moda estão aí mostrando as mais variadas cores, formas, cortes e, principalmente, muito brilho nas novas coleções para o verão 2007.
Considero uma das propostas mais bacanas e perigosas dos últimos verões, “o brilho”.
A intensidade das pedras, paetês e tecidos hi-tech, podem nos colocar em algumas ciladas pouco elegantes, digamos assim. O bom senso é que vai fazer a diferença.
Eu, particularmente, adoro prata e dourado, e já havia incorporado por contra própria umas coisas aqui e outras acolá. Hoje comentava com uma amiga: essa é a minha estação!

Bati perna pelos shoppings da cidade e pelas ruas hoje, e as vitrines estão lindas. Algumas ainda em liquidação de inverno, mas a maioria já mostra tudo ou quase tudo pra nos deixarem loucas.
Quem inventou bolsas, sapatos, acessórios, só podia ter parte com o diabo, afe Maria (rs). Meus olhos ficam pinotando com a quantidade de coisas bárbaras que tem por aí.

Alguns estilistas também trazem à tona Frida Kahlo, em blusas e vestidos esvoaçantes, em comemoração ao centenário de sua morte.

É esse o sol que vai brilhar pra você!
São muitas opções, muitas cores fortes que se misturam ao cinza, rei do inverno, e que continua na próxima estação.

Ahhhh, minha filha, além das roupas e acessórios, vi um catálogo com a nova maquiagem de O Boticário. Glitter nos olhos para uma noite mega power rangers, tons de bronze e rosa e laranja na boca.
Quer aprender a se maquiar? Vai ter um curso em setembro no Boticário, mas as inscrições já estão abertas e com vagas limitadas. Corra!!
Já pensou, aprender a esfumaçar os olhos? Isso eu considero difícil pra caramba. Vou ver se aprendo também.

Sem dúvida a melhor dica pra o verão é:
PELO AMOR DE DEUS, USEM PROTETOR SOLAR!! (rs).

quarta-feira, 25 de julho de 2007

MIRABÔ DANTAS




Por: Telga Lima

Justaposição

Pôr junto, composição e interpretação. Unir letra, melodia e voz num projeto audacioso, que foi minuciosamente planejado. Mares Potiguares, o primeiro Cd do compositor Mirabô Dantas, é música de fino trato, para ouvidos apurados. Dono de uma timidez, por vezes exagerada, é como compositor que Mirabô Dantas se reconhece, apesar das várias apresentações em shows e de adorar cantar. Para o artista, a composição sempre vem antes de qualquer pretensa intenção de se mostrar como cantor. Por isso, somente este ano ele alargou os desejos e decidiu que já estava mais do que na hora de abrir os microfones para gravar o seu primeiro CD.

O norte-rio-grandense, nascido na cidade de Areia Branca, é dono de uma voz marcante e doce. Em Mares Potiguares, ele resgata inesquecíveis composições, algumas delas em parceria com Capinan, Maurício Tapajós e José Nêumane, com participação especial de ilustres da música popular brasileira que dispensam apresentação, como Raimundo Fagner.
Considerado um dos artistas mais respeitados do cenário musical do Estado, Mirabô teve suas composições gravadas por Elba Ramalho, Leci Brandão, Quinteto Violado, Maurício Tapajós e foi, principalmente, na voz de Terezinha de Jesus, com “Flor do Xaxado” e “Mares Potiguares”, composições feitas em parceria com Capinan, que Mirabô teve sucesso reconhecido.

Longe dos palcos de Natal e do Rio de Janeiro, lugar em que viveu durante vinte anos, e onde tudo começou, Mirabô fez uma parada estratégica para dedicar-se de corpo inteirinho aos novos arranjos e todos os processos necessários para tecer as tramas de um antigo sonho. O que vamos entender ao ouvi-lo, prontamente, que todo o zelo não foi em vão. O lugar escolhido para toda essa preparação? Sua cidade natal, o aconchego dos velhos tempos, dos amigos, das ruas estreitas e pacatas de Areia Branca. Lá, com um olho voltado para as estrelas e os pés no trabalho, fincou a bandeira da primeira de inúmeras conquistas que vinham pela frente.

Por Isaac Ribeiro - crítico de música
Publicado no Jornal Tribuna do Norte (15/06/07)

O CD:
Obra de requinte e apuro estético-musical refinados, o CD “Mares Potiguares” É uma obra madura, mas que conserva o frescor de uma novidade eterna, numa seleção de harmonias bem construídas e de poemas de um lirismo inegável, com exaltações à mulher e aos mistérios dos relacionamentos amorosos. O CD começa com a dramaticidade e a urgência da bela “Colando a Boca no Teu Rosto”, parceria com Capinan, interpretada por Mirabô e Fagner, amigo de longas datas. Na faixa-título “Mares Potiguares”, também composta com Capinan, fica o verso “As potiguares são iguais, mas de potes diferentes”. O disco segue com baladas, sambas, que em muitos momentos lembra a elegância harmônica de um Chico Buarque e de Edu Lobo. Inteiramente gravado em Natal, “Mares Potiguares” conta com a participação de um seleto grupo de músicos atuantes ainda conta com o vocal doce de Rachel.

Por Rafael Duarte- Repórter (Publicado no Jornal Tribuna do Norte em 15/06/07)
O Livro:
Umas histórias para contar...Em ‘Umas histórias, outras canções’, Mirabô narra casos inéditos que ocorreram com ele e os amigos de mais de 30 anos de música, entre eles Capinan e Fagner. O livro é um caleidoscópio de lembranças e registros sentimentais de épocas distintas, que ajudam a entender um pouco a obstinação do artista em construir seu caminho. Mirabô lembra a gravação de suas primeiras canções, a corrida pelos festivais nacionais, reúne desenhos feitos quando moleque em Areia Branca e relata passagens sobre a censura em Natal e vários acontecimentos em que participou ou foi testemunha na carreira.
É uma obra madura, mas que conserva o frescor de uma novidade eterna, numa seleção de harmonias bem construídas e de poemas de um lirismo inegável, com exaltações à mulher e aos mistérios dos relacionamentos.

O kit (livro + CD) já está à venda nas melhores livrarias da cidade, entre elas a Limbo Livros limbolivros@yahoo.com.br Tel: (84) 3201 9416 e Siciliano http://www.siciliano.com.br/natal@siciliano.com.br Tel: (84) 3222.4722 ou (84) 3235.8188

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O poder avassalador da mídia – Episódio Câmara de Vereadores - Natal/RN

Vai ter poder assim lá na............ (Pí)!
É assim que intitulo minha justificativa pra fazer valer minha indignação a respeito do episódio na Câmara de Vereadores, que recheia os nossos noticiários de vergonha.
Justificativa: “Vai ver foi isso, de tanto ver desonestidade, tantas falcatruas, falta de ética, ganância pelo dinheiro alheio, e ...... Ufa!! Nossos vereadores aprenderam rapidinho sobre a desonestidade, a leviandade”. Só pode ter sido o poder da mídia. Ôh mídiazinha ingrata (rs).
Mesmo que não esteja nem aí pra política e tenha mais o que fazer curtindo o seu merecido ócio com coisas que você acha interessante, na TV a cabo, como citou no seu blog, o escritor Patrício Junior em sua crônica cortante e cheia de ironias - (Ver crônica: “Adoro TV a cabo” www.blogdopatricio.blogspot.com.
Não dá pra se fazer de desentendido não. Em tempos de discursos intermitentes sobre a preservação do meio ambiente, os nossos vereadores são acusados de receberem propina de empresários para votar contra o Plano Diretor da cidade, que privilegia critérios de proteção as nossas reservas naturais e aos nossos pontos turísticas, e a nossa saúde, e a nossa paz de espírito, e a nossa dignidade.
Pensei que era mau de “homens de negócios” de cidade grande, mas deve ser mau de homens pequenos que infelizmente poluem qualquer lugar.

Fico indignada e torcendo para que o Ministério Público vença essa batalha.

Acesse o site www.substantivoplural.com.br do jornalista Tácito Costa e aprecie o texto brilhante, intitulado “A Nossa república dos Escroques”, lá em ARTIGOS.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

MIS GAFAS



Retrô para os óculos.

Cara, minha mãe que sempre foi muito vaidosa, tinha uns óculos desses. Bárbaro!
Eu revirei todo o armário dela atrás dessa nova beldade, que vem com tudo agora pro verão, mas nada. Acho que deu pra alguém ou jogou fora, sei lá. Uma pena porque era lindo.
Nada feito, fui garimpar óculos retrô. Visitei alguns lugares, mas me apaixonei por um meio amarelado, muito charmoso, em um brechó, ali em Petrópolis, um dos bairros mais interessantes da cidade. Pode crer, não deu outra. Paguei vinte e cinco paus.
Um achado!
Como sou filha de costureira sou muito ligada à moda, a estilo. Por coincidência sempre atendo algumas contas publicitárias no segmento de moda, o que eu acho ótimo, porque me identifico e curto pra caramba.
Herdei da minha mãe o gosto por tecidos mais sofisticados, cortes de alfaiataria. Ela é quem costura as minhas roupas e passamos horas vendo revistas, mas na maioria das vezes, acabamos juntando uma coisinha daqui outra dali e crio minhas próprias peças.
Pra quem gosta de ousar e de repente não tem tanta grana assim para comprar umas das inspirações do designer brasileiro Francisco Ventura, tem uns lugares ótimos na cidade pra fazer um look cheio de personalidade.


Não passou pela minha cabeça, que um dia eu iria pirar o cabeção pra usar um desses. Olha só, aí em baixo, tem dicas de umas marcas bacanas.

O designer brasileiro Francisco Ventura participou da Semana de Moda de São Paulo criando modelos de óculos para as grifes Gloria Coelho, Animale, Neon e V.Rom. Para as coleções verão 2008, ele apostou em tamanhos, formas e épocas. Os modelos que completaram os looks da Animale, por exemplo, vieram grandes, com ar retrô, confeccionados em acetato de diversas cores e formatos. Alguns óculos apareceram com lentes coloridas (como o vermelho), garantindo um pouco mais de charme ao visual. E não parou por ai. Pela terceira vez, a V.Rom teve o toque de Ventura na criação das coleções. Inspirado na jovialidade, o designer criou um modelo em acetato, nas cores preto, tartaruga e dourado, ideal para brincar com as formas e as cores. A grande sacada da grife (e de Ventura) foi utilizar as lentes transparentes, evidenciando um estilo mais contemporâneo. Já a Neon, do estilista Dudu Bertolini, usou como base as referências da grife e a criatividade de Ventura, resultando em um modelo de óculos em duas cores de tartaruga, com hastes largas e armação grande, traduzindo o estilo retrô. Segundo o designer, "os óculos têm um estilo próprio e, mesmo usando a mesma tonalidade de cor, foi possível criar modelos únicos e diferenciados.”(Agência FrilaCerto/Fonte: Ótica Ventura)

No Alvo da Moda


Câncer de Mama no Alvo da Moda – Edição Verão 2007/2008
Assinado pelo estilista Marcelo Sommer, as blusinhas e camisas vem com novidades. O estilista resolveu incrementar e trouxe as mangas bufantes para a versão feminina e uma pólo em piquet listrada para os meninos, todas, claro, com a marca que já conhecemos da campanha.
A atriz Carol Castro posou com a camiseta da campanha.

VAMOS SE TOCAR!!

Segundo maior causador de câncer no Brasil. Como no início não causa dor, passa desapercebido pelas mulheres que não realizam exames preventivos. 90% dos casos são curáveis quando o diagnóstico é feito logo no início.
Grupo de risco:
• Mulheres com a doença no histórico familiar.
• Mulheres acima de 40 anos.
• Portadoras de câncer de útero, endométrio ou ovário.
• Portadoras de doenças benignas nas mamas.
• Mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos.
• Mulheres que entraram na menopausa após os 50 anos.
• Mulheres que tiveram a primeira gravidez após os 35 anos.
• Mulheres com problemas de obesidade.
• Mulheres que usam hormônios.
• Mulheres que nunca amamentaram.

Diagnóstico:
• Auto exame das mamas, exames realizados pelo médico e mamografia.
Tratamento:
O tratamento só pode ser prescrito por um especialista, após a realização de toda a investigação da paciente e pode variar entre a simples medicação, terapias auxiliares ou cirurgia, dependendo do caso.
Prevenção: Acompanhamento médico rotineiro exames clínicos de prevenção ginecológica, auto-exame das mamas mensalmente, mamografia preventiva entre 35 e 40 anos e anualmente após os 40.


Romero Brito


“BOLO” NO ALMOÇO, PRA ME ENCONTRAR COM A OBRA DE ARTE DE ROMERO BRITO.
Não foi assim um bolo, com cobertura de chocolate e recheio de coco, que eu adoro. Hummmm, me deu até vontade agora!! Foi um “bolo” mesmo, no pior sentido da palavra. Puttz, logo na hora do almoço! Daí outro amigo vendo o minha aflição pelo encontro frustrado, logo me convidou pra almoçarmos juntos.
Onde fomos parar? na Justiça Federal. Ainda bem que eu estava com tudo em dia. (rs).
Lá chegando, dou de cara com nada mais, nada menos, que Romero Brido, em telas e objetos de decoração., pra minha grande surpresa que estava por fora dessa exposição.
Ele coloriu o meu dia, e a minha reação ao ver tudo aquilo, foi abrir um sorrisão!
Depois lembrei que é justamente isso o que ele deseja arrancar das pessoas, um largo sorriso. Pelo menos de mim ele conseguiu.
Romero Brito é radicado em Miami, mas é nosso. Brasileiríssimo de Recife, Pernambuco, ele é seguidor da "pop art" e influenciado pelo trabalho do conterrâneo Francisco Brennand. Vibrante! Joga cor, mas muita cor, em todos os seus trabalhos, que são marcados por divisões e fragmentos, que compões formas, no mínimo, inusitadas. É ele é só felicidade.
Vai lá, tenho certeza que você também vai gostar.
As obras estão todas à venda. Aproveite para colorir a casa.

terça-feira, 10 de julho de 2007


“...Mas eu não sambo para copiar ninguém/ Eu sambo mesmo com vontade de sambar/Porque no samba eu sinto o corpo remexer/ E é só no samba que eu sinto prazer” , versos da música Janet de Almeida, que abre o cd de estréia da cantora Roberta Sá. E com esse mesmo desprendimento da letra que a potiguar de 24 anos, conseguiu livrar-se do rótulo dos artistas que participaram do reality show Fama, e coloca-se com uma das maiores revelações da nova MP

segunda-feira, 9 de julho de 2007


Paulo Leminski,
Por Fabrício Marques

Paulo Leminski tinha muita fome: de poesia, de experiências, de conhecimento. Nascido em Curitiba em 1944, o autor viveu apenas 44 anos, mas produziu com uma intensidade que rivalizava com a urgência da vida que propôs para si, em que todas as coisas interessavam, mas sempre na perspectiva primeira da poesia: são 18 títulos, entre livros de ensaios, romances, biografias e, claro, de poemas, além de oito volumes de traduções.
Foi chamado de samurai malandro e de caipira cabotino, além de contribuir para a mitologia em torno de seu nome, com autodefinições que reforçavam sua facilidade em transitar entre diversas esferas de alta e baixa culturas. Dizia-se um pensador selvagem, um bandido que sabia latim, um guerreiro da palavra, ou mesmo um caboclo-monge-black-beat-zen. Tudo ao mesmo tempo.
Com esse perfil múltiplo, o poeta adquiriu notoriedade em vários segmentos artísticos. Só para dar uma idéia, a primeira edição comercial de seus poemas, Caprichos e Relaxos, publicado em 1983, já vendeu, em sucessivas edições, mais de 20 mil exemplares ¬ um acontecimento e tanto, quando se trata de poesia.


Para saber mais
Livros:
• O Bandido que Sabia Latim, Toninho Vaz, Record
• Aço em Flor, Fabrício Marques, Autêntica
• La Vie en Close, Paulo Leminski, Brasiliense
• Distraídos Venceremos, Paulo Leminski, Brasiliense

VIDA!



Vida. Por muito tempo eu pensei, que a minha vida fosse se tornar
uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho,
algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não
terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade
começaria.

Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram
a minha vida de verdade. Essa perspectiva tem me ajudado a ver
que não existe um caminho, para a felicidade. A felicidade é o
caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E
aproveite-os mais, se você tem alguém especial para compartilhar.
Especial o suficiente para passar seu tempo e lembre-se que o tempo
não espera ninguém. Portanto, pare de esperar até que você termine a
faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5
quilos; até que você ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos;
até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case;
até que você se divorcie; até sexta à noite; até segunda de
manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo
verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que
a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até
que você esteja sóbrio de novo; até que você morra; e decida que não
há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO... Lembre-se:
Felicidade é uma viagem, não um destino.
(De autor desconhecido)

Nelson Rodrigues


Frases
Frases selecionadas e organizadas por Ruy Castro, extraídas do livro "Flor de Obsessão", Cia. das Letras - São Paulo, 1997, págs. diversas.

- O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: — o da imaturidade.

- Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhores que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém.

- Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de "ilustre", de "insigne", de "formidável", qualquer borra-botas.

- A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem.

- O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade.

- Há na aeromoça a nostalgia de quem vai morrer cedo. Reparem como vê as coisas com a doçura de um último olhar.

- Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível.

- O homem não nasceu para ser grande. Um mínimo de grandeza já o desumaniza. Por exemplo: — um ministro. Não é nada, dirão. Mas o fato de ser ministro já o empalha. É como se ele tivesse algodão por dentro, e não entranhas vivas.

- Assim como há uma rua Voluntários da Pátria, podia haver uma outra que se chamasse, inversamente, rua Traidores da Pátria.

- Está se deteriorando a bondade brasileira. De quinze em quinze minutos, aumenta o desgaste da nossa delicadeza.

- O boteco é ressoante como uma concha marinha. Todas as vozes brasileiras passam por ele.

- A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades.

- Outro dia ouvi um pai dizer, radiante: — "Eu vi pílulas anticoncepcionais na bolsa da minha filha de doze anos!". Estava satisfeito, com o olho rútilo. Veja você que paspalhão!

- Em nosso século, o "grande homem" pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta.

- O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.- Toda mulher bonita leva em si, como uma lesão da alma, o ressentimento. É uma ressentida contra si mesma.

- Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca.

- Chegou às redações a notícia da minha morte. E os bons colegas trataram de fazer a notícia. Se é verdade o que de mim disseram os necrológios, com a generosa abundância de todos os necrológios, sou de fato um bom sujeito.



E tudo o mais.
Canta, compõe e atua. Ele é puro movimento. Dono de uma energia e de uma poesia que incita o nosso cérebro a revirar-se para pensar na vida, nas grandes coisas da vida.
Suas letras irreverentes e seu jeito autêntico, nos faz gostar de ser brasileiros.
Ele é independente!
Tive o prazer de ver o seu show, recentemente, aqui em Natal, na Capitania das Artes.
Maravilha!
Veja trechos da entrevista com Tom Zé sobre o Cd Danç-Eh-Sá., considerado um dos mais radicais de sua careira.

O ataque sem palavras de Tom Zé, por Sávio Vilella.
Compositor completa 70 anos ainda mais ousado.
O "complicador da Tropicália" completa 70 anos e volta à pauta do dia ainda mais independente e ousado. Debaixo do braço, Danç-Eh-Sá, o disco mais radical de sua carreira que, sem fazer uso de palavras, discute o fim da canção e tenta alcançar os "jovens desinteressados" constatados pela MTV. Fonte usual de polêmicas saudáveis, Tom Zé pergunta: "Chico e Caetano abandonaram a juventude?"

Por que você abandonou a Trama?
Há rumores de que João Marcelo Bôscoli, presidente da gravadora, rejeitou Danç-Eh-Sá.

Não abandonei. Foram alguns contratempos que nos levaram a lançar esse cd fora da Trama. Mas não estou fora, continuo trabalhando com eles. Inclusive, João Marcelo foi a primeira pessoa que imediatamente gostou do disco. Quando mostramos a primeira amostra, ainda bem insipiente, ele vibrou. Continuamos na mesma. A Trama, afinal de contas, não é uma gravadora, é um campo de experimentações.

O CD é uma empreitada bem corajosa. Mas como tudo que pouco se resigna, ele tende a ser um fracasso comercial. Você tem medo disso?

Nós tínhamos medo disso. Mas a vendagem nos shows de lançamento foi impressionante. Eu posso até ter medo, mas não posso deixar de fazer aquilo que acho que deve ser feito. Tive muitas noites sem sono, acordava desesperado certos dias. Era muita incerteza, era uma linguagem musical que não estava devidamente concatenada.

Chegou a lembrar o desespero da época de vacas magras dos anos 70 e 80?

Não, foi outro tipo de desespero. Naquela época eu pensava que estava errado - e devia estar. Hoje, eu posso estar errado novamente, mas eu aprendi que o risco de errar é um prato de doce e a certeza de estar certo é um prato de merda (risos).


O disco não tem letra, mas existe uma lógica nos sons vocais e onomatopéias.

É uma proto-linguagem, de fato não é algo fortuito. Falo, sem palavras, aquilo que está explicado no encarte do disco. O homem primeiro cantou e experimentou vogais e consoantes com toda liberdade antes de construir uma língua. As palavras foram publicamente desmoralizadas, o poder dilapidador da política sobre as palavras foi trágico. Daí minha pilheria de fazer um disco mudo.


No encarte, você diz não acreditar que "a cancão acabou", como declarou Chico Buarque. No entanto, você fez um CD de "descanções", como você mesmo diz.
Deixei de ser compositor. Agora sou um ludositor, que usa os recursos sonoros francamente para uma diversão que não tem mais a função de canção, uma espécie de música de dança-e-jogo. O Chico foi irresponsável, porque disse que a canção acabou e fez um disco de canções.

Sua intenção é alcançar a "juventude hedonista e consumista" que a pesquisa encomendada pela MTV em 2005 constatou?

Vi a pesquisa e pensei: "Vou tentar informar os jovens de que eles fazem parte de uma nação negra". Pelo menos precisam saber que nosso desafio na história não é de espectador. Talvez fosse hora de provocar os principais gênios, de dizer "Caetano, acabe com essa irresponsabilidade, se é que o Brasil lhe interessa". Se eles ainda podem ser grandes líderes e fazem uma música que não pode chegar à juventude, que diabo é isso? Abandonaram a juventude? Chico e Caetano, praticando o dom maravilhoso que têm para fazer música, são socialmente irresponsáveis.

Você ouviu o último cd do Caetano? Estão atribuindo a esse disco uma jovialidade roqueira.

Há um certo frescor juvenil. E talvez ele estivesse preocupado com isso. Como Caetano não gosta de dizer em palavras o que pensa, então talvez até. O disco é lindo, mas é socialmente irresponsável. Cada pessoa pensa o mundo da maneira que ele lhe comove. Mas é caso de construir uma grande frente popular para ir atrás dessa parte da juventude que se separou completamente da realidade fisiológica do Brasil negro. Mas é claro que não vou dar lição em Caetano e nem em ninguém.


”Eu sou político quando eu compreendo que uma pessoa não pode ser feliz se há em volta dela pessoas infelizes”
Tom Zé

domingo, 1 de julho de 2007

AGRADECIDO PELA GENTILEZA


Foi o que José Datrino, o “Profeta Gentileza”, deixou estampado no viaduto do Caju, no Rio de Janeiro, em verde e amarelo. Ensinamentos de amor ao próximo, preocupação com a natureza e sua indignação à violência, ao desamor. Pedia pra que as pessoas dissessem: “Gentileza” e não “Por Favor”. “Agradecido”, ao invés de “Muito Obrigado”. Segurava um standarte, se vestia de branco e usava uma longa barba.
Tudo aconteceu repentinamente, em 17 de dezembro de 1961. Data que registra um dos maiores dramas do mundo circence. Uma tragédia que matou cerca de 500 pessoas no circo “Gran Circus Norte-Americano”. Foi desse acontecimento que fez surgir, em Datrino, o profeta. Ele confessou ter ouvido por três vezes uma mensagem divina: “deveria abandonar tudo e ir para o local do incêndio para ser consolador de todos os que perderam seus entes queridos”. A partir de então fez do lugar sua morada e viajou por alguma regiões do país levando suas mensagens.

Por Leonardo Boff:
Como todo profeta, Gentileza denuncia e anuncia. Denuncia este mundo, regido "pelo capeta capital que vende tudo e destrói tudo". Vê no circo destruído uma metáfora do circomundo que também será destruído. Mas anuncia a "gentileza que é o remédio para todos os males". Deus é "Gentileza porque é Beleza, Perfeição, Bondade, Riqueza, a Natureza, nosso Pai Criador". Um refrão sempre volta, especialmente nas 56 pilastras com inscrições na entrada da rodoviária Novo Rio no Caju: "Gentileza gera gentileza, amor". Convida a todos a serem gentis e agradecidos. Na verdade, anuncia um antídoto à brutalidade de nosso sistema de relações. É precursor, sob a linguagem popular e religiosa, de um novo paradigma civilizatório urgente em toda a humanidade.
“Amor palavra que liberta”, já dizia o profeta.

Por: Telga lima
Mesmo sozinhos, mesmo sem nada muito palpável nas mãos. Mesmo com tudo tão longe de nós, longe dos nossos sentidos. Sem conseguirmos enxergar, que por trás de tudo que está tão desarrumado e desordenado, assim cheio de desordem; existe uma forma, de burlarmos todas essas invasivas e insensíveis agressões, que nos atingem através do clarão das bombas, dos fogos que não são mais de artifício, aqueles que comemorávamos as noites de São João. Ainda existe a delicadeza!
Mesmo sem ar suficiente e não tão puro. Sem a pureza que existia em nossa alma.
Exite o verbo amar, que insistimos em não conjulgar.
É assim, tudo começa quando se estende à mão.
Como ele mesmo dizia: “Gentileza gera gentileza”.
Tudo isso merece algumas reflexões.

AS MULHERES SÃO FIÉIS!

Espere aí, não tem nada haver com romance não! Neste campo, as pesquisas revelam outra coisa. Mas em se tratando de beleza, as mulheres são fiéis às marcas que consomem.
Este é o resultado de uma pesquisa realizada em São Paulo, divulgada agora em junho, para descobrir o comportamento de compra das mulheres, na hora de escolher o produto de beleza. Que critérios elas elegem quando se vêem diante das inúmeras possibilidades disponíveis nas prateleiras?
A pesquisa revelou dados surpreendentes. Confira.

Pra publicitário ver!!

Trechos da reportagem.
Fonte: (Editora Globo)


78% das consumidoras entrevistadas afirmaram que sempre compram produtos da mesma marca. Esta lealdade ao produto escolhido é mais forte até do que os possíveis encantos das embalagens atraentes da concorrência: 81% das respondentes garantiram que não trocam seus produtos por outros que tenham embalagens com design mais elaborado.

"É importante considerar que a compra de produtos de beleza envolve a construção ou manutenção da imagem da consumidora, portanto, é uma decisão de alto envolvimento emocional, com grande nível de comprometimento", afirma o Professor Dr. Claudio Felisoni de Angelo, coordenador geral do Provar/FIA.

Em função da grande oferta de produtos de higiene e beleza - dirigidos às mais diversas necessidades -, o processo de escolha tornou-se muito mais complexo. Por isso, a investigação foi segmentada em três grupos "Busca de informações e a escolha de produtos de beleza", "Critérios para seleção do canal preferido" e "Aspectos complementares", que analisa fatores como compra por impulso e fidelidade à marca. Em relação à busca de informações, os resultados indicam que as consultoras de beleza se destacam como referência sobre os produtos. Entretanto, as brasileiras tendem a ser consumidoras mais independentes: a maioria das entrevistadas informou que poucas vezes ou nunca recorrem a outras pessoas para a escolha deste tipo de produto.

Ainda sobre a comunicação e a busca de informações, considerando que a amostra da pesquisa é caracterizada, na sua maioria, por mulheres com renda familiar até 8 salários mínimos, observa-se que há baixa penetração da Internet como canal de informações ou compras. "Este resultado reflete, provavelmente, o baixo índice de inclusão digital da população de baixa renda no país", pondera Felisoni. Por isso, o catálogo é a fonte de informações mais citada, seguido pelas ações de merchadising e pelas propagandas de televisão.

Já em relação aos locais preferidos de compras, os supermercados se destacam como local de aquisição de produtos como xampus e condicionadores. "A identificação da Internet e dos salões de beleza como canais de compra ainda é muito pequena, influenciada em grande parte pela característica da amostra pesquisada", afirma Felisoni.