Por Telga Lima
C a m i l a - a n g ú s t ia - f u m a ç a
Ê x t a s e – I n s ô n ia – I n t e n s a
E x t r a v a g a n t e – E x t r a v a s a r
P a i x ã o – p a s s i v a – p a s s i o n a l
A m a r r a s – A r m a – A m o r
C a mi l a – D u l c í s s i ma – D o l o r e s
D o u r a d a - d u ro – D O R
Camila Lopes saiu da autobiografia ficcional de Clarah Averbuck. O filme tem base nos livros (Máquina de Pimball e Pulo do Gato), e Camila transformou-se em - Nome Próprio - pelas mãos do cineasta Murilo Salles e da atriz Leandra Leal. Deram vida à poesia irreverente e cibernética da menina meiga com ares de diabo. De sua conexão discada viciante e lenta, ela é viciada em uma vida desconectada das regras do manual da “boa moça”, e, sozinha escreve seu destino de frustrações e literatura. Camila é salva pela palavra.
Sinceramente, adorei. O filme é poesia pura. Vou logo avisando que não sei o que pensam os cinéfilos a respeito, nem bisbilhotei os sites por aí pra inteirar-me do quê andam dizendo, pra não influenciar-me sobre...
Ouvi um comentário ali, outro acolá, mas fiz ouvidos surdos.
A personagem é fascinante e o sexto longa de Murilo Salles se enche de palavras na tela que tentamos devorar loucamente. E pra o meu deleite ele exagera nos closes, o que muito me agradou também. De quebra ouvi a singela - ...Vai chover pingos de amor. A vida passa telefono e vc já não me atende mais... E por aí vai (rs). Alguém conhece?
Ah, um detalhe importante que soube é que Viviane Mosé, filósofa e esritora, foi responsável pela edição final dos textos escritos e ditos em off pela Camila no filme. Pra quem não a conhece ela é dona do poema abaixo:
Ê x t a s e – I n s ô n ia – I n t e n s a
E x t r a v a g a n t e – E x t r a v a s a r
P a i x ã o – p a s s i v a – p a s s i o n a l
A m a r r a s – A r m a – A m o r
C a mi l a – D u l c í s s i ma – D o l o r e s
D o u r a d a - d u ro – D O R
Camila Lopes saiu da autobiografia ficcional de Clarah Averbuck. O filme tem base nos livros (Máquina de Pimball e Pulo do Gato), e Camila transformou-se em - Nome Próprio - pelas mãos do cineasta Murilo Salles e da atriz Leandra Leal. Deram vida à poesia irreverente e cibernética da menina meiga com ares de diabo. De sua conexão discada viciante e lenta, ela é viciada em uma vida desconectada das regras do manual da “boa moça”, e, sozinha escreve seu destino de frustrações e literatura. Camila é salva pela palavra.
Sinceramente, adorei. O filme é poesia pura. Vou logo avisando que não sei o que pensam os cinéfilos a respeito, nem bisbilhotei os sites por aí pra inteirar-me do quê andam dizendo, pra não influenciar-me sobre...
Ouvi um comentário ali, outro acolá, mas fiz ouvidos surdos.
A personagem é fascinante e o sexto longa de Murilo Salles se enche de palavras na tela que tentamos devorar loucamente. E pra o meu deleite ele exagera nos closes, o que muito me agradou também. De quebra ouvi a singela - ...Vai chover pingos de amor. A vida passa telefono e vc já não me atende mais... E por aí vai (rs). Alguém conhece?
Ah, um detalhe importante que soube é que Viviane Mosé, filósofa e esritora, foi responsável pela edição final dos textos escritos e ditos em off pela Camila no filme. Pra quem não a conhece ela é dona do poema abaixo:
Outra carta(Viviane Mosé)
"Eu não sei se por esse vento frio entrando pela janela ou quem sabe por esse vento frio entrando pela janela ou mesmo por esse aconchego de meias de lãs e esse vento frio entrando pela janela ou por qualquer que seja o que for [eu quero te dizer tantas coisas: Todos os passos que dei um a um [e todas as coisas que passaram e tudo que foi se misturando ao que eu era. Pra você ir sabendo o que sou [posso cantar cada música que ouvi e cada livro e cada bula de remédio e cada rosto e cada tostão emprestado cada choro. Os avisos e as ruas [os andaimes as manchetes os incêndios os sinais. Todas as manhãs. Todos os dias santos. Tudo que me atravessou eu quero te mostrar o corpo que ganhei esses anos os fios e as falhas a voz e o avesso e o tempero e a calma. Quero te contar o silêncio alcançado a custa de guerras e as terras que plantei e os temporais. Os temporais. E os nós na garganta. É maio e eu morro de vergonha de falar de amor. Mas esse vinho quem sabe veio aos verbos mostrar que preciso de sua boca e seu cabelo e seu cheiro e sua mão: eu não sou só verso sou um corpo em lençóis de pele a te vestir como luva. Meu corpo a te vestir como luva. Embriagada de vento e vinho penso na morte e em seu pau duro".
2 comentários:
Passando só para deixar um beijo e um abraço.
Miau!
Telga...assisti a esse filme sábado passado de olhos na tela e olhos no wap do meu celular.-) a vida já não faz sentido sem os blogs. assim como o seu. beijos to tamanho de tua ternura!!!
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