Era cinza, de um cinza fúnebre aquela calçada torpe por onde pisavam meus pés.
Descalços, os pés, não apenas os meus pés, mas descalços estavam os meus sentidos, com pisadas que oscilavam, entre o cinza do cimento velho e a bruma que chegava, quase sempre com os tons acinzentados do meu pensar de menina desprotegida, do meu pesar de mulher de poeira cinza claro.
Uma névoa cobria os meus olhos enquanto eu pisava e tentava seguir em frente, sem nenhuma nitidez, sem clareza, sem vislumbrar o outro lado.
Passavam por mim transeuntes que poluíam meus olhos de um colorido mal quisto que me faziam franzir a testa e detestar o colorido que maculava meu semblante de uma cor viva, que eu não desejava ver. Que eu não podia enxergar.
Lúgubre eram as paredes das casas, descascadas e gastas pelo tempo que impiedosamente faz desbotar paredes, que deslustra tudo, rouba o viço que enfeitam as fachadas. O tempo, que deixa á mostra as marcas do cinza, que empalidece, tira o brilho. Por trás das “fachadas”, é sempre o cinza que aparece, com ar sarcástico, risonho, alheio ao colorido em volta.
Meio trôpega ainda sigo virando ruas, pisando calçadas. Ignoro o tempo que se prepara, escurece com cara de chuva, com cara de cinza. É inevitável e os pingos caem e lavam minha pele de menina colorida, que oscila entre tons vibrantes e mornos, que oscila suas pisadas nas calçadas, que oscila entre os transeuntes, que tenta se proteger da chuva, da bruma, da névoa, do cimento velho, do riso sarcástico do tempo que machuca o seu semblante de mulher de poeira cinza claro.
Virei à última rua e já era dia de um vermelho intenso, “Kahlo”.
Virei à última esquina e já era vivo de uma cor “frida”
E fui seguindo em frente.
Descalços, os pés, não apenas os meus pés, mas descalços estavam os meus sentidos, com pisadas que oscilavam, entre o cinza do cimento velho e a bruma que chegava, quase sempre com os tons acinzentados do meu pensar de menina desprotegida, do meu pesar de mulher de poeira cinza claro.
Uma névoa cobria os meus olhos enquanto eu pisava e tentava seguir em frente, sem nenhuma nitidez, sem clareza, sem vislumbrar o outro lado.
Passavam por mim transeuntes que poluíam meus olhos de um colorido mal quisto que me faziam franzir a testa e detestar o colorido que maculava meu semblante de uma cor viva, que eu não desejava ver. Que eu não podia enxergar.
Lúgubre eram as paredes das casas, descascadas e gastas pelo tempo que impiedosamente faz desbotar paredes, que deslustra tudo, rouba o viço que enfeitam as fachadas. O tempo, que deixa á mostra as marcas do cinza, que empalidece, tira o brilho. Por trás das “fachadas”, é sempre o cinza que aparece, com ar sarcástico, risonho, alheio ao colorido em volta.
Meio trôpega ainda sigo virando ruas, pisando calçadas. Ignoro o tempo que se prepara, escurece com cara de chuva, com cara de cinza. É inevitável e os pingos caem e lavam minha pele de menina colorida, que oscila entre tons vibrantes e mornos, que oscila suas pisadas nas calçadas, que oscila entre os transeuntes, que tenta se proteger da chuva, da bruma, da névoa, do cimento velho, do riso sarcástico do tempo que machuca o seu semblante de mulher de poeira cinza claro.
Virei à última rua e já era dia de um vermelho intenso, “Kahlo”.
Virei à última esquina e já era vivo de uma cor “frida”
E fui seguindo em frente.
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