sábado, 19 de abril de 2008

Cartola


Delicadeza é a palavra que encontro para falar de Cartola. Em 2008, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Alvorada lá no morro / Verde que te quero rosa / O sol que a todos cobre / O mundo é um moinho / As rosas não falam, são canções marcantes e inesquecíveis que ouço sempre. Ele tinha um semblante tranqüilo, era simples em tudo que fazia. E foi assim que prosseguiu, pondo simplicidade e poesia em tudo, em sua vida e na música. Vida que era a sua música, música que sem cartola não era vida, não era poesia.
“Cartola escolheu o nome - Estação Primeira de Mangueira -, foi eleito diretor de harmonia e sugeriu as cores, verde e rosa. Se combinam? É ele quem diz: “O verde representa a esperança, o rosa representa o amor, como o amor pode não combinar com a esperança?”.

Livros:• Cartola, os Tempos Idos, Marília Barbosa da Silva e Arthur de Oliveira, Gryphus

Para você cantarolar baixinho.
Bate outra vez

Com esperanças o meu coração

Pois já vai terminando o verão, Enfim

Volto ao jardim

Com a certeza que devo chorar

Pois bem sei que não queres voltar

Para mim

Queixo-me às rosas,

Mas que bobagem

As rosas não falam

Simplesmente as rosas exalam

O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir

Para ver os meus olhos tristonhos

E, quem sabe, sonhavas meus sonhos

Por fim

Um comentário:

Ugo Leite disse...

Sim, Tive, Sim, Cordas de Aço tocando em meu Peito Vazio. Aconteceu, Acontece, No Inverno do Meu Tempo, nos Tempos Idos, no Pranto de Poeta que Ensaboa a Alvorada de um Verde Que Te Quero Rosa. Quem Me Vê Sorrindo, Sei Chorar. Senhora Tentação, O Mundo É Um Moinho, Evite Meu Amor, Preciso Me Encontrar. Divina Dama, As Rosas Não Falam, Corra E Olhe O Céu, O Sol Nascerá, Disfarça E Chora.