quarta-feira, 27 de abril de 2011

A crônica de Cris Guerra. Proibido não ler.







O silêncio


Cris Guerra
Um, dois, dez, sessenta segundos. Um minuto parece uma eternidade. O relógio corre e já não sabemos esperar. Queremos a resposta, os pães, a sacola, o passo à frente, a solução, a fofoca, a surpresa, o recibo, o cardápio, a sobremesa, a conta, o troco. Queremos seguir em frente. Não há tempo a perder, o que esperar. Não há por que parar.

Vivemos o século do barulho. No tempo em que o tempo passa rápido, a informação é o medo de não se ter nada a dizer. É proibido não ter nada a dizer.

De todos os cantos e lados, em todos os sentidos e direções, cruzam palavras, ideias, sons, promessas, imagens, ruídos, vozes, de modo que não sobre espaço vazio. Espaços vazios são desprovidos de valor, é o que pensamos. E não sabemos parar de pensar.

Engolimos o café da manhã. Fazemos negócios na hora do almoço. Jantamos em frente à TV. Diante do sinal vermelho, verificamos o e-mail no celular. Com o celular na orelha, vamos ao banco, à banca, pedimos ao menino que lave o carro. Enquanto resolvemos problemas, arranjamos outros.

É preciso preencher o tempo, que é escasso e veloz.

E sabemos sobre tudo, versamos sobre qualquer assunto, lemos e vemos e ouvimos e olhamos em todos os buracos de todas as fechaduras. E temos opiniões sobre cada um e cada fato – até os que não aconteceram. E não paramos de produzir fatos.

Talvez reste o silêncio na hora de dormir. Mas por dentro os problemas gritam agudos e as soluções se desenham escandalosas, atrapalhando o sono como o volume alto da TV.

Até que finalmente adormecemos. Mas sonhamos incessantemente. E nossos sonhos são barulhentos.

Como é barulhento o despertador no dia seguinte: o botão que liga de novo o turbilhão.

Pá! Batemos a mão forte no despertador, em busca do silêncio.

Alguém me ouviu? Si-lên-cio. O que eu quero dizer é um silêncio. Sim, é um silêncio que quero dizer. Mas tenho medo de não ser compreendida. É preciso que o silêncio seja dito e, mais que isso: que seja ouvido.

O silêncio que nos falta é nosso, do outro, do mundo. É preciso dizer água correndo, passarinho cantando, vento ventando. É preciso sussurrar rolha de champanhe, serra de pão, ovo quebrando, água fervendo. É preciso ouvir a respiração do filho dormindo.

É preciso dizer sem significar. Estamos fartos de significados.

Enquanto o tempo passou tagarela, nós nos perdemos do silêncio como se ele não nos fosse o ar. E vivemos na densidade da água, respirando ondas, imagem e movimento, com ajuda das guelras que o tempo nos fez.

Já não sabemos viver outra vida. O silêncio nos adoece e culpa. Até que venha alguma força para nos fazer parar. Um avião, um susto, a tragédia da chuva, uma dor emudecida no ar. Por um momento pouco, silenciamos. E finalmente ouvimos o que não temos a dizer. Torcendo para que tudo logo recomece.

Temos medo de ensurdecer no silêncio, como se dizer e ouvir fossem o que nos mantém vivos. Temos vergonha de não significar.

O silêncio é constrangimento, é espaço para a dúvida, é escolher o que fazer com o tempo. Silêncio é solidão e medo. É sair do automático, olhar-se no espelho, ouvir suas faltas. O silêncio amedronta e cura.

E no silêncio do meu ventilador ligado, jogo o corpo na cadeira, tentando achar espaço para pensar. Mas o silêncio me engole e eu não quero pensar em nada, dizer nada, nada decidir nem para nada ir.

O relógio silencioso do computador avisa que o prédio vai fechar, pois já é tarde. Tarde demais para calar.

Fecho o computador, a gaveta, a porta – e cada um desses sons me diz alguma coisa. Duas voltas com a tetrachave e o pensamento não cala, com medo do que se pode esquecer. O elevador acende a luz e é como um sino o seu som de chegar. A voz do elevador me diz o andar.

Abre-se a porta, o som da rua vem preencher o meu silêncio angustiante daqueles trinta segundos no elevador. Desarmo o alarme do carro, ligo o som e sigo em frente, na companhia da música, do barulho do motor, das luzes do semáforo e da indecisão na cabeça, sobre o que fazer com o tempo livre que me restou do dia.

Silêncio. Silêncio. Silêncio.
E o som da palavra se desprende de seu sentido, virando um mantra em mim. É o máximo de silêncio que posso alcançar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Organizando o seu Closet

Oi, gente! Como eu trabalhei três anos na franqui FOLIC, levei para casa um prendizado enorme sobre tecidos, corte, ajuste de roupa, textura e como organizar as araras da loja. Recebíamos um manual para separar as peças por cores e modelos. Algo impagável e que eu prezo por isso até hoje.
Em casa depois que pude organizar o segundo quarto e fazer dele um mini closet, ficou tuso mais fácil para eu por em prática as dicas valiosas que recebi de lá. Amo a FOLIC.
Sou filha de costureira de mão cheia, por isso está explicado tanta paixão por moda.
Dicas: REVISTA LOLA
-Ter todos os cabides iguais dão a sensação visual de ordem.
-Escolha uma forma para separar as roupas nos cabides: tipos de peças, eventos ou cores. O que fizer mais sentido para o seu dia-a-dia.
-Coloque cada peça no seu cabide individual. Tenha cabides específicos blazers, terninhos, saias, calças, xales, cintos – o que ajudar a conservar as peças sem amassar.
-Camisetas, t-shirts, casacos de lã, podem ficar nas gavetas arrumadas em rolinhos ou em camadas, uma por cima da outra, sempre deixando aparecer um pedacinho da próxima.
-Visite lojas ou sites de produtos para organização! Você vai encontrar cabides de diversos materiais, caixas transparentes para sapatos e botas, colméias para lingerie, meias, biquínis e sutiãs, peças de acrílico para organizar make e acessórios, enfim, um mundo de objetos para facilitar a organização das suas coisas.

Se nada funcionar contrate um Personal Organizer! Um profissional feito para organizar sua vida. rsrsr

domingo, 17 de abril de 2011

Tá com calor? Coque nele.

De olho na VOGUE. Viciada, né. (rsrsrs) Animal prints também na coleção Cris Barros para Riachuelo

A Vogue veio com uma matéria sobre Cris barros e agarota propaganda da campanha para Riachuelo, Julia Roitfeld. A loja está linda com as araras da Cris. Vale a pena escolher alguma peça dessa coleção pra você.




Adoro usá-los! FARME E CANTÃO.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Drenagem Linfática. Dica Valiosa - Revista Boa Forma

MAG E FIELD - GATOS DA PATRÍCIA

Recebi um comentário e fiquei muito feliz em poder compartilhar o meu amor pelos gatos com a Patrícia.
Querida, obrigada pela mensagem. Adorei! Manda as fotos da MAG e do FIELD. Adoraria conhecê-los.
Grande beijo.

Telga Lima