quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não mexe comigo que eu não ando só


Não mexe comigo que eu não ando só
eu não ando só, que eu não ando só
não mexe não 

Eu tenho Zumbi, Besouro o chefe dos Cupis
sou Tupinambá, tenho Erês, caboclo boiadeiro
mãos de cura, Morubichabas, Cocares, Arco-íris
Zarabatanas, Curarês, Flechas e Altares.
A velocidade da luz no escuro da mata escura
o breu o silêncio a espera. Eu tenho Jesus,
Maria e José, todos os Pajés em minha companhia
o menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos
o poeta me contou.

Não mexe comigo que eu não ando só

Não misturo , não me dobro a rainha do mar
anda de mãos dadas comigo, me ensina o baile
das ondas e canta, canta, canta pra mim, é do
ouro de Oxum que é feita a armadura guarda o
meu corpo, garante meu sangue, minha garganta
o veneno do mal não acha passagem e em meu
coração Maria ascende sua luz, e me aponta o
caminho.
Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã,
giro o mundo, viro, reviro tô no reconcavo
tô em face, vôo entre as estrelas, brinco de
ser uma traço o cruzeiro do sul, com a tocha
da fogueira de João menino, rezo com as três
Marias, vou além me recolho no esplendor das
nebulosas descanso nos vales, montanhas, durmo
na forja de algum, mergulho no calor da lava
dos vulcões, corpo vivo de Xangô

Não ando no Breu nem ando na treva
Não ando no breu nem ando na treva
é por onde eu vou o Santo me leva

Medo não me alcança, no deserto me acho, faço
cobra morder o rabo, escorpião vira pirilampo
meus pés recebem bálsamos, unguento suave das
mãos de Maria, irmã de Marta e Lázaro, no
Oásis de Bethânia.
Pensou que eu ando só, atente ao tempo num
comece nem termine, é nunca é sempre, é tempo
de reparar na balança de nobre cobre que o rei
equilibra, fulmina o injusto, deixa nua a justiça

Eu não provo do teu féu, eu não piso no teu chão
e pra onde você for não leva o meu nome não

Onde vai valente? você secô seus olhos insones
secaram, não veêm brotar a relva que cresce livre
e verde, longe da tua cegueira. Seus ouvidos se
fecharam à qualquer musica, qualquer som, nem o
bem nem o mal, pensam em ti, ninguém te escolhe
você pisa na terra mas não sente apenas pisa,
apenas vaga sobre o planeta, já nem ouve as
teclas do teu piano, você está tão mirrado que
nem o diabo te ambiciona, não tem alma você é
o oco, do oco, do oco, do sem fim do mundo.

O que é teu já tá guardado
não sou eu que vou lhe dar,

Eu posso engolir você só pra cuspir depois,
minha forma é matéria que você não alcança
desde o leite do peito de minha mãe, até o sem
fim dos versos, versos, versos, que brota do
poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita
na palma da inspiração de Caymmi, se choro quando
choro e minha lágrima cai é pra regar o capim que
alimenta a visa, chorando eu refaço as nascentes
que você secou.
Se desejo o meu desejo faz subir marés de sal e
sortilégio, vivo de cara pra o vento na chuva e
quero me molhar. O terço de Fátima e o cordão de
Gandhi, cruzam o meu peito.
Sou como a haste fina que qualquer brisa verga
mas, nenhuma espada corta

Não mexe comigo que eu não ando só.

Letra de Música de Maria Bethania.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Por Telga Lima

Dia de encontro com pessoas especiais.



Dia que lembra flores, perfume de alfazema, som de pássaro, cheiro de mato, cheiro de amor e de casa limpa. Esse foi um desses dias em que temos a sensação de que tudo está no lugar certo, na hora certa. Encontrar com gente do bem não tem preço, é um carinho gostoso que a vida nos dá de presente.

Após encontrar Mariana Lemos, publicitária de quem eu sou absolutamente fã, em uma das minhas idas rotineira a agência RAF que ela trabalha, e de vê-la como sempre muito bem vestida, de saia longa de oncinha, blusa preta e um colar prateado deslumbrante, recebi na minha sala a visita de Sara, SARA, nome de origem árabe que significa princesa e é assim que ela pretende se casar como uma princesa, porém uma realeza mais pé no chão, sem todas as pompas que o nome pede, mas com todo o glamour que habita as coisas simples da vida.

Ela chegou enfática e resolvida dizendo, com o seu jeito manso na voz, muito particular: - Telga, eu vou me casar, você me dá umas dicas? Vou logo avisando que não quero me vestir de noiva, vestido branco. Quero tudo diferente, nada muito tradicional.
Diante dessa declaração comecei fazendo alguns questionamentos, pra saber da rejeição e puxar um papo a respeito desse assunto. - Sara, qual o problema em vestir branco? Rsrsrs. E daí surgiu uma longa conversa regada a fotos de noivas, de decoração e o filme de casamento da Cris Guerra. Daí para o final, ela estava decidida que iria sim casar com um lindo vestido branco, meio curto e tomara que caia. Tudo muito simples, no entanto, com a sofisticação que a cerimônia pede.

Como ela quer fazer o casamento na praia e pra pouquíssimos convidados, sugeri que fosse feito numa pousada à beira-mar, com piscina e jardim com muitas flores. Lápis e papel iniciamos uma lista básica de coisinha pro casamento. LISTINHA BÁSICA: - Vestido - Branco tomara que caia; - Buquê pequeno; - Coroa de princesa pra enfeitar os cabelos ; - Oratório pra montar o altar - Bem casados - Móbile para enfeitar as plantas feito por INGRID NI RVE.

 É isso.
 DIA FELIZ.








CASAMENTO. INSPIREM-SE

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Por Telga Lima

É, tenho muitas novidades pra contar. Mas, claro, antes tenho uma vida pra colocar em ordem. A vida em ordem que tenho que arrumar nada mais é do que colher as flores lá de fora pra enfeitar à mesa; é encher os lençóis de perfume; é tirar o bolo do forno; é ver se os passarinhos já estão afinados; é arrumar a placa que fica pendurada bem na entrada da porta com os dizeres SEJAM BEM VINDOS. 
É essa a vida que tenho que por em ordem: Sorriso nos lábios de tanta felicidade.O dia mal acordou e já estou novamente aqui sorrindo.