segunda-feira, 28 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

VI E AMEI - Ralph Lauren






Um dos desfiles de lançamento de coleção verão 2010 que mais me identifiquei, sem sombra de dúvida, foi o de Ralph Lauren que, segundo todos os "periódicos", é o mais americano dos estilistas.
O desfile fez homenagem ao espírito batalhador de seu povo.
Estampas florais, lenços e os jeans com lavagem muito clara foram os destaques. As jaquetas voltaram para dar um charme todo especial as produções. Os macacões e os short estão com tudo. Aproveitem para deixar as pernas de fora.
O modelo boyfriend pegou de vez. Adoro o ar moleque que ele imprime e já estou usando tudo isso. Está incorporado no meu dia-a-dia.
E o que o que achei indispensável, principalmente, para usarmos nesse calorão aqui na "cidade do sol" são os chapéus e tem para todos os gostos.
Estou esperando chegar o modelo "panamá" lá na F. Bazar - Petrópolis.






MÃE É MÃE: mentira ( Martha Medeiros )

Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães, ok?
Desconstruir alguns mitos. Não, não precisa se preocupar. Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó! Vamos lá: MÃE É MÃE: mentira !!! Mãe foi mãe, mas já faz um tempão! Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista. Também é cozinheira e lavadeira. Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai. Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão. Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rocke pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também namora, trabalha, adora dançar. Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora. Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres. Mãe já foi mãe, agora é mãe também.
MÃE É UMA SÓ: mentira !!! Sabe por quê? Claro que sabe! Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso. De certa forma, tem duas mães. Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida. Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular. E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa. Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães. Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade. O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma. Ser mãe é padecer no paraíso: mentira! Que paraíso, cara-pálida? Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram. Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem. Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar. Por exemplo? Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica. Aí a barra é pesada, pode crer... Maternidade é a missão de toda mulher: mentira !!!
Maternidade não é serviço militar obrigatório, caraca! Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha. Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los,como sabê-los? Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência. Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço. Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa. É difícil, mas acontece. Mamãe, eu quero: verdade! Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.

domingo, 20 de setembro de 2009

Admirável texto de Eliane Brum.
Segurem o tempo que eu quero descer!
Nos tornamos deuses escravos: em vez de viver, estamos sendo consumidos.
"Algo está errado se acordamos na segunda-feira pela manhã e já estamos atrasados, já estamos devendo, já estamos cansados.
Ainda que excitados com o que estamos fazendo, como é o meu caso.
Algo está bem errado quando a vida vira uma sucessão de tarefas, mesmo que as tarefas sejam bem interessantes.
Algo está errado quando até o lazer se torna uma tarefa.
Algo está muito errado quando precisamos marcar na agenda para passear com os filhos ou namorar.
Algo está definitivamente errado quando precisamos pensar para lembrar do que vivemos no dia anterior. Não sei se acontece com você, mas tenho sentido falta de viver o que vivi. O que vivo. De sentir o tempo passar. De ter tempo para elaborar o vivido. E também de ter tempo para ficar no vazio, apenas contemplando o silêncio dentro de mim.
Não gosto quando os dias se tornam uma sequência de ruídos, de luzes que piscam em telas variadas, simulando uma falsa urgência, exigindo atenção.
Não gosto de me sentir consumida até que o tempo se esgote dentro de mim.
Ao final de cada frase desse texto deixo para trás minutos mortos, vida que se foi.
Quero, então, ter certeza que não me deixei consumir.
Quero ter certeza que vivi cada um dos meus segundos.
Tempo é tudo o que temos. Se não temos tempo, nada temos. Só um ano que acaba no meio e passa rápido demais. Ao dizer que não temos tempo, o que estamos dizendo é que não temos subjetividade. O que vivemos não foi sentido. Se não é sentido, não é vivido. Se não é vivido, não há sentido.
Acredito muito na resistência pelos detalhes, começando pelas pequenas coisas. Vou desligar o celular nas refeições, quando chegar em casa, nos fins de semana.
Quero reservar um tempo determinado para verificar e-mails, responder conforme minhas possibilidades. Pretendo me tornar mais seletiva na hora de buscar informações na internet. E levantar para conversar com alguém que está perto em vez de mandar um e-mail ou um torpedo.
Quero voltar a ter mais tempo para livros, filmes, viagens por estradas reais e pessoas que amo. Só desejo ser o deus do meu tempo.
Às vezes vou passear por blogs, twitters, chats que valem a pena. Mas não moro lá.
Quando olhar para mim mesma, espero não ver nada piscando nem buzinando.
Não quero mais ser inquilina de outros mundos. Só aspiro agora habitar minha própria vida.
Parei. Meu ano acaba em dezembro e não passa rápido demais. "

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Billie Holiday

Não vivo mais sem a voz de Billie Holiday.
Chego em casa, ponho Cuba, minha gatinha linda, nos baços e só depois de beijá-la muito ligo o computador, antes mesmo de largar a bolsa no sofá.
Ouço Billie Holiday para curtir a minha casa, preparar uma comidinha leve e tudo o mais que vou fazer daí em diante: Organizar as coisa para o dia seguinte e arrumar a bagunça da casa que deixei quando fui para o trabalho.
Depois de vasculhar o que posso na internet, deito na rede e fico na companhia de Machado de Assis.
Adormeço com a voz marcante de Billie Holiday e com Cuba pertinho de mim, dormindo também.
Doces Sonhos.

Reunião de pessoas lindas (rs).

Comemorando o reencontro com Edilayne que está morando em Madrid.
Vida Boa, heim amiga?


terça-feira, 15 de setembro de 2009

VERÃO COLLEZIONE 2010


O QUE VAI ME PEGAR NESSE VERÃO?
Bolsas e sapatos que estão à venda na Collezione.
A Coleção verão da Collezione está quentinha na loja e eu já fiz algumas das minhas comprinhas para ficar "In", nesta estação que adoro.
Trabalho como publicitária nas campanhas deste cliente e fico babando por cada peça criada. Eu atendo a conta e participo ativamente de todo o processo junto com mais duas figuras fantásticas: Andrea Viana (Redatora) e Guga Ribeiro (Direção de Arte). Nesta campanha, brinquei fazendo direção de fotografia (rs), mas ficou bacana e tudo foi inspirado nos anos 20. Fizemos alusão à musa Coco Chanel e foi fantástico entrar neste universo.
Não deixem de visitar a loja e comprar marcas que só vendem exclusivamente lá na Collezione: LUIZA BARCELO, GUESS, MIEZKO, SAAD e várias outras tops.
Ahhh, conheçam o blog que está cheio de coisas bacanas BLOG COLLEZIONE

Le Chocolatier




Eu e a designer, Virgínia Azevedo, numa tarde tranquila em petrópolis.




segunda-feira, 14 de setembro de 2009


Por Telga Lima
É primavera
basta olhar.
Ah, mas olhe com olhos doces de quem vai desabrochar.
Abra as janelas e veja tudo com olhos de quem quer ver
Veja com as janelas de quem quer florescer
Sinta o perfume, é suave.
Veja! As borboletas rodeiam os seus
cabelos alegremente.
Faça você a sua primavera.
"Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.


Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera."Cecília Meireles
Por Telga Lima
Ei, a vontade que eu tenho é de mexer com tudo
Mexer na cor
Mexer no tom
Mexer como se mexe uma panela de comida
A vontade que eu tenho...É de fazer girar
Fazer rodar tudo em volta pra mudar
Mudar de sorriso, deixá-lo mais largo
Mudar a cor da minha pele, deixá-la bronzeada
Mudar de pele, deixá-la mais macia.
Quando as coisas estão paradas demais e nada acontece me dá vontade.
Quando o mar está calmo demais me dá vontade de ondas fortes
Vontade de vestir vermelho, intensidade
Vontade de mim,
Vontade de viver baldeando o rio e depois acalmá-lo
Ei, a vontade que eu tenho é de ser mais eu, de ser aquele lugar em que eu me sinto bem.
É de ser aquela roupa que me faz sentir mais bonita
É de um abraça que me fala sentir segura.
Tenho vontade de ser, de acontecer.
Tenho vontade de vibrar, de poder fazer alguma coisa para crescer
Vontade de pele, de sorrisos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Por Telga Lima.
COLUNA - VI E AMEI
VI NA VOGUE E AMEI.
Oi, gente. Hoje estou começando uma coluna que, previamente, nominei “Vi na Vogue e amei”. Na verdade pretendo escrever sobre coisas que vejo e que amo na moda, nas revistas, nas bancas, nas lojas, nos ateliês, nas ruas, nas casas dos amigos, no trabalho, na academia, nos cafés, ou seja, em cada lugar desta cidade em que habito.
Hoje começo por algumas coisas bárbaras que vi na Vogue e que... Amei! (rsrsrs).
Curitiba: Depois que respirei o ar desta cidade, não dá mais pra ignorá-la. No bairro do Batel, as deliciosas iguarias do restaurante mexicano, depois a Praça das Flores, o Museu Oscar Niemeyer, os parques, o “japa”, no mercado municipal; cada árvore, cada rua, Largo da Ordem, o cinema no shopping Miller e muitos goles de cafés e chocolate quente. Usei todas as minhas botas e me senti o máximo. Sofri um pouco como o frio, mas confesso que foi suportavelmente maravilhoso.


RADAR CURITIBA:
Boutique Gourmet SEL ET SUCRE, Alameda Presidente Tounay, 369, Batel, Tel. (41) 3077. 6647. Aos cuidados da chef Kika Marder.
Feita para um almoço ou um lanchinho rápido e, de quebra, para quem se liga em decoração, o lugar é um luxo em cor-de-rosa.
Especializada em culinária francesa, tudo é fabricado no local. Doces que caem bem com um cafezinho, como os famosos MACAROONS. Só para dar água na boca, os sabores são: Chocolate com menta, cappuccino, framboesa, pistache, doce de leite, tangerina, quindim, morango, avelã, lavanda, limão siciliano, brigadeiro, baunilha e maracujá. Caramba!
Dica de blog que vi e amei também JUSSARAVOSS.

domingo, 6 de setembro de 2009

À DERIVA

Vincent Cassel


Em uma tranqüila tarde de sábado assisti ao filme À Deriva.
O filme, de Heitor Dhalia, foi entregue ao charme do ator francês Vincent Cassel, marido da atriz italiana Monica Bellucci. O astro ganhou fama após protagonizar o polêmico O ódio 1995), de Mathieu Kassovitz, e iniciou sua carreira internacional em Doze homens e um segredo, em que atuou ao lado de George Clooney e Andy Garcia.
O longa "À Deriva" filmado no litoral fluminense é cativante, delicado e amparado por uma fotografia magnífica. Gostei muito do filme.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Só DU SOLTO. Trilha do Jogo - Copa do mundo FIFA. São os caras!

Hoje acordei querendo derrubar os muros que me impedem de ser o gigante que sou.
Esse texto maravilhoso, de Carmen Vasconcelos, resume esse sentimento que tive hoje pela manhã. Os textos de Carmen são postados no substantivo. Leiam Carmen!

Por Carmen Vasconcelos
Oscar Wilde e Chico Buarque perceberam o muro. Para Oscar Wilde, o muro fora erguido pelo “Gigante Egoísta”, para que as crianças não fossem brincar no seu jardim. Só que, sem crianças, o jardim do gigante também não era mais visitado pela primavera e, entrava ano, saía ano, a única estação que por ali pousava era o inverno: neve, geada e granizo. Um dia, o gigante percebeu a natureza do muro, derrubou-o e chamou as crianças de volta. A partir daí, seu jardim se encheu de flores.
O muro que Chico Buarque cantou era um e eram dois: um cercava o bosque junto à rua, onde a felicidade morava, mas o dono do bosque não via. O outro muro separava o eu lírico da música “Até Pensei” e a sua amada. Ambos os muros proibiam a aventura.
O Conto “O Gigante Egoísta” e a canção “Até Pensei” falam de impossibilidades e impedimentos que estão além das vontades do eu lírico da música e das crianças do conto. Já Fernando Pessoa nos aconselha: “Cerca de grandes muros quem te sonhas.” No poema “Conselho” é o próprio eu lírico que impede que lhe vejam como é. Diz o Pessoa que somente onde ninguém nos vê, podemos deixar “as ervas naturais medrar”.
E é assim: erguemos muros entre nós e os outros, por egoísmo, por auto-suficiência ou por medo. Ou porque chega um tempo de pensar que não vale a pena nos mostrarmos como realmente somos.
Quando erguemos muros por egoísmo ou por auto-suficiência, somos como o gigante de Oscar Wilde, que não entende porque a primavera não visita o seu jardim. Ficamos nessa inconsciência de não saber que, com o ruído alheio, vem também a floração de nós mesmos. Mas quando nossos muros são erguidos por medo ou desencanto, aí nós já compreendemos o significado dessa floração. Sabemos o motivo pelo qual estamos nos cercando de “grandes muros”. Então, dissociamos ser e aparência. No entanto, se essa dissociação se aprofunda, a aparência vira caricatura. Não é difícil nos defrontarmos com pessoas tão artificiais, tão artificiais, que sequer sua aparência é crível. O ser fica tão dissolvido que essas pessoas acabam por acreditar que só a sua aparência existe. Existe, mas não convence. Sabem a sensação de conversar com uma mentira?
Falei outro dia de partes de nós que para sempre permanecerão secretas para os outros, isso é da nossa natureza, pois algo de nós até para nós permanecerá segredo. Porém, esconder por inteiro é da natureza dos muros, não da nossa. Mesmo que nos protejamos de vez em quando, mesmo que cultivemos a cautela, não pendamos aos radicalismos. Também é preciso deixar que os outros vejam “as flores que vêm do chão crescer”, tão mais reais do que os canteiros cuidadosamente podados.
Seria maravilhoso intuir sempre quais são os outros a quem nos podemos mostrar, quais são os outros que podem chafurdar nos nossos jardins, bosques e ternuras. Mas não é assim. A intuição nem sempre é exata e sem dúvida nos machucaremos de vez em quando pela falta do muro. Mas, e a primavera?