terça-feira, 18 de novembro de 2008


Por Telga Lima

Não, definitivamente eu não sou isso.
Não sou chão.
Eu não sou realidade, sou fantasia.
Eu não sou real, sou personagem.
Não sou dia, sou escuro, calada da noite, mar revolto, torpe.
Sou tons de cinza, escuro; eu não vejo, tateio.
Sou quem anda apressado por ruelas estreitas enlameadas, aviltado.
Eu, definitivamente não sou brilho, não cintilo.
Sou opaco, frio, indiferente, dissimulado, vão. Água baldia, turva.
Eu sou imaginação, pintura em preto e branco.
Não sou superfície, sou espaço dentro do meu pequeno espaço vazio.
Só sangro, engulo, engodo.
Definitivamente sem chão.

2 comentários:

júnior disse...

Filosófico, Poético, Astrológico, Zoológico. Hehehe, Massa.

Sérgio Caetano disse...

Adorei o blog mocinha. Li todas as postagens e simplesmente adorei.(Nota-se que não tinha job aqui na agência rsrsrsrsrs)

Um cheiro.